No período de 19 a 23 de fevereiro de 2024, foi oferecido o curso de verão "Ubuntu 2024 - Vivência Educacional Multirracial: Diversidade, Equidade e Inclusão na Saúde", coordenado pela Profa. Dra. Débora de Souza Santos, com a parceria do discente de Doutorado, Giovanne Bento Paulino e colaboração da Profa. Dra. Andrea Ayvazian, da School of Public Health & Health Sciences da UMass Amherst, USA.
Também participaram do curso, como discentes facilitadores, Isabella Risi Dias, Bruno Cabral e Rafaela Gioseffi (discentes do curso de Graduação em Enfermagem), Sabrina Garcia Lamarão e Pedro Ramos (discentes do curso de Graduação em Medicina) e Vitória Cabral (discente do curso de Graduação em Farmácia).
No total, o curso teve 44 inscritos, dentre eles, alunos dos cursos de graduação em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Arquitetura e Urbanismo, Artes Visuais, Ciências Sociais, Economia, Educação Física, Enfermagem, Engenharia Mecânica, Estatística, Estudos Literários, Letras, Farmácia, Filosofia, Geografia, Medicina e Pedagogia. Entre o grupo, também tinham como participantes 03 pós-doutorandos e 01 professor visitante da FEnf.
O curso, que tem como objetivos promover a vivência educacional de estudantes de diferentes origens étnico-raciais para valorização da diversidade, equidade e inclusão na saúde; desenvolver reflexões para sensibilização do indivíduo para questões raciais e de vulnerabilidade social a partir do enfrentamento do racismo e outras formas de opressão; e discutir práticas inclusivas para promoção de saúde de populações historicamente minorizadas e vulnerabilizadas, utilizou como método de ensino:
- Círculos de Cultura de Paulo Freire que consistem em rodas de conversa em pequenos e grandes grupos facilitando a construção do saber por meio de diálogo com perguntas norteadoras e disparadoras das discussões.
- MRULE (Multi Racial Unity Life Experience) que se pauta em grupos multirraciais com diversidade racial, étinica, cultural, sexual entre outras subjetividades para assim compor com troca de experiências e vivências que possibilitem articulação teórico prática das diversas opressões e violências presentes na sociedade como racismo, machismo, LGBTQIAPN+fobia, entre outras.
Em uma perspectiva de educação libertadora, crítica e reflexiva, os indivíduos que participam do curso têm autonomia e um lugar seguro para partilhar sua vida cotidiana e como o preconceito, a discriminação e as diversas opressões se constituem no dia a dia. Dessa forma, a vivência evidencia as estruturas sociais, políticas e econômicas que de maneira sutil e silenciosa propagam as violências e reproduzem as opressões. Além disso, como são temáticas sensíveis, elas são abordadas com afeto e acolhimento dos participantes que de uma maneira contra hegemônica e processual constroem estratégias de enfrentamento às opressões.
A Faculdade de Enfermagem parabeniza a docente pelo trabalho de tanta importância e visibilidade, e almeja que o curso seja cada vez mais requerido pela comunidade e cresça circunstancialmente.