No dia 02 de abril é comemorado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) no ano de 2007. Essa data foi escolhida com o objetivo de levar informação à população para reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Devido à esta data, no dia 01 de abril de 2024, a Profa. Dra. Marciana Fernandes Moll, docente da área de Enfermagem em Saúde Mental da Faculdade de Enfermagem da Unicamp, foi convidada pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) para ministrar a palestra intitulada "Contribuições da Enfermagem para os Cuidados de Crianças e Adolescentes com TEA" para profissionais e estudantes de enfermagem.
Nesta palestra foi apresentada uma base conceitual que envolve o TEA, juntamente com as alterações frequentes no neurodesenvolvimento de crianças, a partir do sexto mês, assim como os “sinais de alerta” para o rastreamento deste público por meio da utilização de instrumentos validados no Brasil. Foram ainda abordadas intervenções para a promoção da saúde mental de pais e responsáveis por essas crianças e adolescentes, o que corresponde às ações exequíveis na Atenção Primária à Saúde.
Reflexões sobre o uso do “brincar” durante as consultas de enfermagem e nas propostas de cuidados de enfermagem foram também apontadas, uma vez que esta é uma estratégia de conexão com a criança que pode favorecer a anamnese e proporcionar importantes estímulos, tais como: imitação, contato visual, verbalização e segmento de comando. Assim a enfermagem contribui no processo de reabilitação deste público.
Prosseguiu-se abordando a relevância dos atendimentos voltados aos pais e responsáveis do referido público, enfatizando-se os principais diagnósticos de enfermagem evidenciados nos mesmos, o que permite instituir uma taxonomia específica para a Enfermagem e sistematizar a assistência.
Ao final da palestra foi apresentado um link para a “Sondagem sobre o Autismo” que visa caracterizar o perfil de profissionais com TEA e as necessidades educativas para qualificar os atendimentos de enfermagem no Estado de São Paulo.
A Faculdade de Enfermagem parabeniza a docente pelo papel desempenhado nos estudos do TEA e por compartilhar seu conhecimento com a população.