No período de 14 a 21 de novembro de 2019, a Faculdade de Enfermagem participou do Unicamp Afro, que tem como objetivo resgatar e valorizar os traços afro-brasileiros que compõem a construção da identidade do país, através de várias atividades, como oficinas, palestras e apresentações, além da realização da I Feira Afro-Brasileira da Unicamp.
Na FEnf, as atividades realizadas foram oficinas para decoração do prédio, sessão fotográficas com a população negra da nossa faculdade e exposição das fotos no hall de entrada, mesa redonda e roda de conversa. Além disso, foram abordados de forma lúdica, através de intervenções colocadas nos banheiros e elaboração de uma linha do tempo no decorrer da rampa de acesso ao primeiro piso da faculdade, a história da população negra no Brasil, reconhecimento de personalidades negras e apresentação de dados que demonstram a vulnerabilidade vivida pelo povo negro.
Sob coordenação da Profa. Dra. Débora de Souza Santos e colaboração das funcionárias Ruana Luiz Ferreira da Silva, enfermeira da FEnf e Letícia Fabiane Zanotto, responsável pelo setor de comunicação e dos alunos Gabryelle Vitória Rodrigues dos Santos, Giovanne Paulino, Graziele Alexandre Fernandes, Guilherme Dumas, Luana de Castro, Pedro Antônio Teodoro de Moraes, Thales Wallace Cosmo de Carvalho e Valéria Maria Amorim, o evento foi um sucesso.
O tema abordado na Roda de Conversa no dia 19/11 foi “Saúde da Mulher Negra” com a convidada Cinthia Villas Boas, Psicóloga, educadora social, militante no movimento negro e de juventude e vice-presidente do Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo.
A mesa redonda realizada no dia 21/11 abordou o tema “Racismo Institucional, Apropriação Cultural e Lugar de Fala”, com a convidada Aparecida do Carmo Miranda, mestra em saúde coletiva Assistente Social do programa de HIV no Hospital DIA, pesquisadora em serviço com recorte racial e militante do movimento negro de Campinas e com os convidados Jordana Barbosa, doutoranda em antropologia social pela Unicamp, mestra em antropologia social e bacharelada em jornalismo pela universidade federal de Goiás. Integrando do coletivo kilombagem e do Núcleo de Consciência Negra da Unicamp, que pesquisa tradição oral africana, feminismo negro e movimentos negros e Pedro Guilherme Simões Costa, filho de quilombolas oriundos do interior de Minas Gerais e graduando em ciências sociais, além de ser integrante do Núcleo de Consciência Negra da Unicamp.
A identidade de um grupo se constrói por meio de uma relação direta com a memória da história; sendo assim os temas abordados durante a programação do novembro negro, foram temas de suma importância, pois trataram particularidades vividas pela população negra, que são reflexos de todo o contexto histórico vivido desde a época da escravidão, e mostrou o quão necessário e importante é olhar, estudar, entender e falar sobre as demandas desta população. O cenário vem se modificando a cada dia e cabe a nós atualizarmos e lutarmos para que mais mudanças ocorram e garantam os direitos e façam cumprir os deveres para com a população negra, é preciso resistir.
O objetivo da programação da FEnf foi de compartilhar ciência e experiência com gente preta que se dedica a estudar e pesquisar a história de nossos ancestrais negros e todos os desafios inerentes à construção de caminhos dignos e justos.
A Faculdade de Enfermagem parabeniza a iniciativa de todos os envolvidos e busca sempre apoiar toda causa e movimento de igualdade.