Maria Isabel Freitas, diretora da FEnf participa do Lean Healhacare
No Brasil, para 2050, as estimativas são de uma população brasileira de 259,8 milhões com expectativa de vida ao nascer de 81,3 anos. É neste contexto que os conceitos de Lean Healthcare, uma abordagem de gestão inovadora criada há mais de uma década, e mais recentemente na área de saúde, devem contribuir para melhorias na assistência ao paciente e aos serviços, além de redução do desperdício com saúde no país. A origem desse conceito migrou do Sistema Toyota de Produção, que tem em seu cerne a questão da qualidade, devendo reduzir gastos e agregar mais valor ao cliente.
Foi sobre esse assunto que tratou a primeira mesa-redonda do Fórum Permanente Vida e Saúde, realizada na manhã desta quinta-feira (12) no Centro de Convenções da Unicamp, organizado pela Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e pela Faculdade de Enfermagem (FEnf), e promovido pela Coordenadoria Geral da Universidade (CGU). Lean Healthcare é uma linha de pesquisa na Unicamp dirigida pelo neurologista da FCM Li Li Min.
Flávio Battaglia, representante do Lean Institute Brasil (entidade brasileira sem fins lucrativos), introduziu o conhecimento acerca de Lean Healthcare como uma abordagem de gestão inovadora na enfermagem e na saúde no Brasil. Em sua opinião, essa introdução poderá somar inúmeros benefícios às instituições públicas e privadas. A possibilidade de economizar recursos e liberar capacidade operacional é imensa. “Já temos diversas iniciativas de aplicação do Sistema Lean na gestão da saúde. Foi um sistema que revolucionou a indústria automotiva mundial e vem sendo copiado por empresas de todos os tamanhos e segmentos."
Ele comentou que o Lean Healthcare traz a capacidade de identificar e de resolver problemas de maneira inteligente. “A Europa, os Estados Unidos e a Austrália são os países em que o tema é mais avançado. O Brasil tem que sair do patamar do conhecimento e partir para patamares mais desafiadores. Devemos pensar nesse conhecimento como um sistema de gestão com diversas técnicas e conceitos, mas também como um componente social. Lean não pode ser encarado como algo a mais. Deve ser uma maneira diferente de perceber, pensar e agir na realidade”, salientou. "No ambiente hospitalar, o intuito da ferramenta é ainda reduzir esperas, eliminar filas, diminuir custos e retrabalho."
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